Tenho dificuldade em interpretar sinais. Creio até que tenho dificuldade em reconhecê-los. Muitas vezes, para não cair no exagero de em tudo ver um sinal, tenho a sensação que algo me escapa e que esse escapar me pode ser prejudicial.
Desde miúda que oiço aquelas lengalengas e histórias macabras que nos gritam ATENÇÃO! Como aquela do homem que rezava em cima do telhado da casa e que acabou por morrer afogado porque não percebeu que as três ajudas que se lhe ofereceram estavam a ser enviadas pelo Deus ao qual rezava esperando salvamento.
Este tipo de histórias entranha-se e eu dou por mim a tentar estabelecer paralelo entre episódios da vida e estes exemplos fantasiosos. A quem devo dar ouvidos? Aos sinais, se é que o são? Às decisões que na verdade já tomei? A mim? Ao senso comum? A quem?!
Há dias uma amiga disse-me que há alturas em que nos devemos deixar ir. Não resistas!, disse-me ela. Mas o que é isso de não resistir? Se baterem à porta, abro; se quiserem entrar, deixo; mas se quiserem ficar, não deverei ser eu a impor as condições? Afinal a casa é minha!... faz todo o sentido que seja eu a impô-las! E se quem bateu não as aceitar e eu ficar sem visitas? Cumpre-se ou não a Vontade Maior?!
É que preciso de saber isso para estar em paz comigo mesma! E estar em paz comigo mesma é tudo aquilo que preciso neste momento.
3 comentários:
Estar em paz para mim é exactamente fazer o que achar melhor em cada momento e em cada situação. È claro que qualquer tomada de posição é sempre uma escolha uma opção, mas penso que só devemos arrepender-nos do que não fizemos e o caminho faz-se assim caminhando umas vezes com mais obstáculos outras vezes calmo e seguro...
Essa tua sofreguidão de auto conhecimento é-me familiar :) E nem sei que te diga, querida Antígona...
Isso resolve-se no momento. A vida às vezes é como no jazz, improvisa-se e depois volta-se novamente ao tema.
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