sábado, 9 de julho de 2011

Do egoísmo

Podia até ser que eu recusasse, que dissesse Não, que disparate, nem pense nisso! Podia até ser…Não é o concretizar ou não, não são os fechos ou desfechos das coisas, que importam, são as atitudes, as intenções, os sentimentos, aquilo que nos preocupa, aquilo com que nos preocupamos, e se não for com os outros acaba por ser triste, se for só e sempre connosco e nunca com os outros, acaba por ser triste, principalmente para o egoísmo dos outros.

O egoísmo é algo que não pode existir sempre na mesma pessoa, tem de circular. E como sempre nos ensinaram que o devemos esconder, evita-se a todo o custo ser frontal e dizer Já chega, agora é a minha vez! Fica-se, portanto, à espera que a iniciativa venha de quem tem, evidentemente, “a bola” na mão. Espera-se, e espera-se sentado…

Daqui se depreende que a única forma de acabar com o egoísmo é reclamando a parte que nos pertence. Se cada um fizer uso da sua quota-parte ele dissipar-se-á, esfumar-se-á, e no seu lugar, a preencher todos esses espaços vazios, surgirá aquela coisa com um nome estranho e rebuscado que facilmente se esquece – o altruísmo!

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