Aquilo a que normalmente se dá pelo nome de nervos – ai os nervos bloquearam-me; os nervos isto; os nervos aquilo – é na verdade excesso de expectativa. Criamos expectativas imensas e, a reboque, vem o terrível medo de não seremos capazes de as cumprir, e não somos mesmo porque bloqueamos!
O segredo está em não criar expectativas. Aceitar o que vier, e saber que, na verdade, nada, mas mesmo nada, é tão grave quanto parece. Acho que tem a ver com fé, também. Quem tem fé, quem acredita, confia. E quem confia, não tem de que ter medo e as coisas boas acontecem porque não está lá o medo para as afugentar.
Parece-me uma boa receita. Vou agarrar este espírito e tentar colá-lo a mim o maior número de horas possível até que se entranhe. Tenho fé que vou conseguir.
1 comentário:
Concordo. Eu, vou cada vez mais no sentido de, e no âmbito das ambições, não me iludir com quase nada. Não que não lute, que não corra, que não busque, mas evito fazê-lo desmedidamente com fenómenos exteriores a mim, a não ser, obviamente, nas proximidades mais óbvias. Cansei-me depressa da desilusão e cada vez gosto menos dela, que de quando em vez, e mesmo com cuidado, ainda aparece. Quanto à gravidade das situações, volto a dizer-te algo que já te disse, e que era uma frase da minha avó. Dizia ela que, se consegues resolver, não te preocupes, que resolves. Se não consegues, não te preocupes também, que mesmo preocupada, não vais resolver. É fácil de dizer, dificil de executar. Mas vamos a treinos. Boa???
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