
Todos nós somos antagónicos. Todos procuramos, incessantemente, dentro e fora de nós. Todos somos múltiplos. Neste espaço, é a minha multiplicidade que se manifesta.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Para o que eu havia de estar guardada!!!...
Faz hoje um ano...
Portanto, o Antagonices faz hoje um ano e, se fosse uma criança, poder-se-ia dizer que uma vez que sobreviveu ao seu primeiro ano, provavelmente terá uma vida longa mas, nunca se sabe…
Não posso negar, nem quero, o prazer que me tem dado este meu cantinho. E poderia até dizer - com ou sem leitores, é o meu espaço de liberdade onde posso escrever o que me dá na real gana. Poderia, se isso fosse verdade, mas não é. É apenas uma ilusão de verdade. Uma ilusão maior ainda do que quando se escreve um livro porque, esse, enquanto o escrevemos, não sabemos se vai ou não ser publicado e, mesmo assim, custa perder o medo, soltar as palavras… Aqui escreve-se para isso, para publicar, e ainda que os leitores sejam escassos sabe-se que de um momento para o outro podem deixar de o ser. Aqui a consciência da exposição é permanente, logo não vale a pena dizer que o que escrevo é para mim porque se quisesse escrever só para mim escrevia num diário, ou num dos blocos que me acompanham e onde vou depositando, aí sim, o que me vem à cabeça e mais além e depois decido se mais alguém lê ou não.
Aqui, escrevo para mim e para todos aqueles que têm a gentileza de cá vir espreitar diariamente. A esses a minha gratidão porque sem eles este cantinho faria muito menos sentido e eu, provavelmente, já teria desistido. Não são muitos mas são bons e eu espero continuar a ter alguma capacidade de comunicação para que continuem a passar por cá, apesar de saber que ultimamente me tem sido mais difícil manter o ritmo mas isto é mesmo assim, não se consegue fazer tudo. Mas tenta-se. Tenta-se.
Um Muito Obrigada a todos vós que aqui vêm e que me lêem.
domingo, 29 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Dos donativos e afins
Gente nos semáforos a exibir a perna mais curta, jovens ainda mas já de mão estendida; gente nas esquinas, deitada em cartões… mas não é esta a pobreza que mais me preocupa, esta é a que me incomoda porque quer eu queira quer não, fico sempre com aquela sensação de ser gente onde abunda mais a miséria moral do que a material, gente para quem é mais fácil andar de mão estendida, gente que não quer trabalhar.
A pobreza que mais preocupa é esta nova pobreza que anda para aí escondida, de desempregados que deixaram de ter dinheiro para comer, de gente que não é velha ainda e já não é nova e que sempre teve um emprego e que agora não sabe o que fazer. Gente que vai, de mansinho e pela calada, buscar mantimentos a Alcântara, ao Banco Alimentar Contra a Fome.
E volto ao princípio deste texto – este é mais um fim-de-semana para os voluntários recolherem alimentos, a eles juntaram-se também as Amigas do Peito, grupo que recolhe fundos para que as mulheres pobres que sofrem de cancro da mama e que são operadas em Stª Maria possam dispor de compressas; cabeleiras e outros «extras» que o Governo, através do Ministério da Saúde, não providencia.
Onde quer que se vá, e há algum tempo atrás estavam apenas nas grandes superfícies, eles lá estão, os voluntários, de mão estendida.
Irritei-me. Como tantos outros se irritam. Mas será que tenho legitimidade para o fazer? Se o Governo não providencia, não teremos nós, todos nós, obrigação de ajudar? Se os impostos que se pagam não chegam a esta gente; se o país em que vivemos compreende a pobreza, não caberá a todos aqueles que ainda não precisam, e digo AINDA porque ninguém sabe o dia de amanhã, a obrigação de contribuir, com pouco que seja, para que este flagelo, porque de flagelo se trata quando quem precisa não tem, diminua? O que é que custa repartir o que se tem? Quanto gastamos nós em coisas que na verdade não nos fazem falta? E, sendo assim, porque é que são sempre os mesmos a dar? Mais curioso ainda – são geralmente aqueles que estão mais perto dos que não têm que dão! Sei-o porque já lá andei de saco na mão. São os que estão mais perto!
Pois àqueles que se julgam mais longe deixo aqui dito, mais uma vez, que ninguém sabe o dia de amanhã. E que, se todos, digo TODOS, contribuíssemos com pouco que fosse, muitos, e digo MUITOS, não estariam na situação em que estão.
Lembrem-se que o Mundo é redondo e gira e, por favor, lembrem-se ainda que quando caímos, para nos podermos levantar, precisamos de alguém que nos dê uma mão. Ninguém se levanta sozinho.
Felisbela Lopes

Reencontros
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Vai uma sessãozinha de karaoke?
Não quero saber de desgraças
Neste mundo...
Os primeiros são geralmente gente preguiçosa que vai libertando pelas palavras a culpa, que nem sabe que sente, do não agir.
Os segundos, dizem o essencial e agem. São dinâmicos; voluntariosos. Andam sempre tão ocupados que têm pouco tempo para pensar e por isso falam pouco. São aqueles que estão sempre lá quando é preciso.
Os terceiros…bem, desses há poucos… o que dificulta bastante a sua caracterização. Mas parece-me que devem ser bons gestores, pelo menos do tempo...
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Por mais que tente...
Sugestão
Já agora, para quem se interessa por estas questões do ensino é capaz de ser um bom presente de Natal.
Trata-se de uma compilação de vários artigos de vários autores, da responsabilidade de Guilhermina Lobato Miranda, que aborda questões muito interessantes relacionadas com o ensino, não só à distância mas misto também e, se formos a ver bem, todo o ensino tende a ser mais ou menos misto (vejam-se os Magalhães...) já que a Internet é uma ferramenta usada por todos, e mesmo aqueles que não têm um propósito específico, aprendem com ela. A edição é da Relógio d’Água Editores e há-de sair antes do Natal. Assim eu acabe depressa a revisão… e não, não ganho qualquer tipo de comissão sobre as vendas.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Está tudo explicado...
Mexer-me para quê se basta sonhar?!...
Agora percebo contra que é que tenho andado a lutar toda a vida - contra esta crença de que basta sonhar! Sim, porque é muito importante o ambiente em que se nasce!... E medonhos que eles são! Medonhos! Vai-se a ver e foi isso que me assustou! Quem é que aguenta exemplares desta envergadura?!
Cliquem aqui.
Vocês já tinham ouvido isto?
Ufa!
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Da vida
Mas depois tudo se ajusta, tudo se faz, tudo se consegue. Ou quase tudo.
As coisas de que prescindo vão-se esmorecendo no tempo até serem quase sombras, meras recordações. Aquelas que tomam o seu lugar tornam-se vivas companheiras de percurso. E tudo se acalma, tudo existe e é.
A vida retoma naturalmente o seu ritmo. E eu nela, adaptada.
Alienações
Únicos
Crise!
Agora vem este senhor dizer que os aumentos salariais têm de diminuir, pergunto-me se o dele estará incluído, e que os impostos têm de subir. Quer isto dizer que são sempre os mesmos a pagar as crises?! Isto começa a ficar um bocadinho cansativo…
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
À noite...
Verdades
domingo, 22 de novembro de 2009
Ditos...
sábado, 21 de novembro de 2009
Pedido especial
Agora que já me lavaste o carro, dava-me imenso jeito que me secasses a roupa.
Agradecida
A.
Parabéns meu pai
Faz hoje 77 anos e há já muitos que as suas leituras são escassas e muito muito difíceis. Aos 42 um AVC privou-o para sempre do uso da mão direita; dificultou-lhe o caminhar ; prendeu-lhe a fala e roubou-lhe as palavras. Essas mesmas de que ele tanto gostava.
Faz hoje 77 anos e sorri com facilidade. Não precisa de quase nada, a não ser da nossa companhia, do nosso amor. Por isso é sempre tão difícil saber o que comprar sem recorrer à ajuda da mulher que o acompanha, noite e dia, há tantos anos. É sempre ela, a minha mãe, que sabe o que lhe faz falta, o que lhe daria mais jeito…
Espero que goste da prenda que lhe levamos, é quentinha e elegante. É disso que precisa para se manter por cá para mais uns bons anos de sorrisos e abraços.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Memórias
Hoje, por mero acaso, parei no Hollywood e A Princesinha estava em cena. Nem sabia que tinham feito um filme! Dei por mim a antecipar, passados todos estes anos, o nome das crianças e a entusiasmar-me com o castigo daquela velha bruxa que acabou a limpar chaminés tal como merecia. A Sara, a Emengarda e a Bechy ficaram gravadas na minha memória.
Não sei até que ponto terei sido influenciada por elas, mas sei que nunca perdi a minha capacidade de sonhar tal como nunca deixei de acreditar que os maus hão-de ser castigados e os bons recompensados. No fundo, cá muito no fundo e apesar de muitas vezes duvidar dessa verdade, não sou capaz de deixar de sentir que quem é mau pagará por isso e o seu fim será doloroso, solitário e muito muito triste.
Um grande BEM HAJA
Incapacidades
Esse seu casaco é lindo!, dizia-me hoje a professora de História, uma mulher de quem gostei desde o primeiro dia, até porque me lembra bastante uma amiga muito querida. E eu? O que é que respondi?! Pois que a primeira coisa que me veio à cabeça nesse momento de atrapalhação – é velho!
É velho?!... Realmente somos bichos estranhos!
Tenho feito todos os possíveis por ir, ao longo da minha vida, limando arestas que me incomodem naquilo que é, ou porque sempre foi ou porque passou a ser em momentos que nem sempre identifico, a minha personalidade. Esta é uma tão afiada, mas tão afiada, que não consigo dar cabo dela e que me tem perseguido sem eu lhe determinar a origem. Passo por mal educada, por mal agradecida e tudo piora porque imediatamente a seguir de proferir as palavras erradas, tenho consciência disso, fico ainda mais atrapalhada e «fujo» o mais elegantemente possível, se é que há elegância que colmate os disparates que disse.
Enfim…incapacidades…
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Dos medos


quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Frustrações
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Foi longo, o dia de hoje
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Previsões
Meio-balanço
domingo, 15 de novembro de 2009
Robert Enke
Quantas vezes nos cruzamos convivemos e partilhamos vidas e tarefas, com outros nós, sem que os vejamos, sem que lhes dêmos a devida atenção. E assim se vão alguns definhando e partindo sem nos apercebermos senão quando já é tarde de mais.
Não se ouve falar muito de suicídio, não é já muito comum em personalidades públicas, há algum tempo atrás era, entre escritores e artistas, mas nem por isso deixa de ser uma realidade. Em certas zonas deste país o que é raro é encontrarmos uma família que não tenha tido pelo menos um suicida.
A mim deixa-me triste porque é uma desistência e creio que é preciso estar muito muito sozinho para tomar uma decisão tão drástica. Se calhar vale a pena lembrarmo-nos de olhar, de vez em quando, para o lado. Há sempre alguém a precisar que outro alguém olhe, e veja.
Já dizia a canção - «Vocês sabem lá!, a saudade de alguém que está perto…»
Angola
É o que me apetece...
sábado, 14 de novembro de 2009
FDS!!!!!!!!!!
Da Cidadania
Cidadania é uma palavra muito in, pelos menos nos meios educativos – educação para a cidadania. No fundo o que se quer dizer é que urge educar as pessoas para serem aquilo que elas realmente já são mas não sabem – cidadãs. Cidadãs de plenos direitos, quer para exercerem a sua liberdade, quer para se responsabilizarem por cada milímetro de terra desta Terra que é, afinal, a nossa única casa, pelo menos por enquanto.
A ideia de que vivemos no mundo do salve-se quem puder é, para além de estúpida, suficientemente destruidora para dever ser considerada por todos nós como uma excelente candidata à pena de morte já que ninguém se salva sozinho e mesmo que o fizesse duvido que sobrevivesse e mesmo que sobrevivesse gostaria de saber o que ficaria por cá a fazer sem ninguém com quem falar.
Andamos há anos a enganarmo-nos, quer no que diz respeito à nossa natureza, quer no que diz respeito às nossas normas de conduta. De facto, temos tanto de bom quanto temos de mau, sendo que tendemos a seguir os procedimentos que estiverem mais na moda - que forem mais «elogiados» socialmente. Tal como os carneiros, gostamos de viver na ilusão que fazemos parte daqueles que são seguidos e não dos que seguem, quando na verdade nos deslocamos todos ao molhe de nariz colado no rabo do que vai à frente, sendo que trocamos amiúdas vezes de lugar sem sequer darmos por isso.
Neste momento andamos todos, ou quase todos, de nariz colado aos média que insistem em nos levar pelos piores caminhos, mostrando-nos diariamente o que de pior existe neste mundo. A cultura constrói-se todos os dias e se aquilo que vimos, todos os dias, é o pior do que há em nós, então é esse o lado que aceitamos e até achamos natural que seja essa a faceta a ser usada não apenas nas mais altas esferas, mas no nosso dia-a-dia. Porque é normal, porque o mundo é mesmo assim, porque anda meio mundo a enganar outro meio e por aí adiante as desculpas para os maus procedimentos não têm fim e são sempre encontradas ao dobrar de cada esquina.
Em 1979, quando cheguei à Holanda, encontrei um país onde o consumo de drogas estava mais entregue à responsabilidade de quem as tomava do que à justiça. Em Portugal tinha-se tornado numa verdadeira praga que matou muita gente da minha geração. Das drogas leves passava-se para as pesadas e era tudo «o máximo» porque estava na moda. Num país que tinha acabado de sair da escuridão, a moda, fosse ela qual fosse, era sinónimo de vanguarda quase elitista. E que elite se formou!... Na Holanda, porque não havia exactamente proibição, o consumo de certas drogas era tão mal visto pela sociedade, mesmo a mais jovem, que só o pronunciar de certos nomes era o suficiente para que se olhasse de lado com aquele desprezo que arruma qualquer um.
Assim se trabalham e se constroem mentalidades.
Quando resolvermos realçar e ressaltar aquilo que de bom existe em nós, a falta de ética envergonhar-se-á porque deixará de ser comum. Quando começarmos a ver todos os dias os exemplos daqueles que por aí andam a lutar pela justiça e a combater o que está mal, a injustiça e a corrupção envergonhar-se-ão porque deixarão de ser comuns. Quando as vidas dos nossos heróis começarem a entrar diariamente pelas nossas casas, o que está mal envergonhar-se-á.
É de bons exemplos que precisamos. De exemplos de gente de bem, de gente direita, de gente íntegra.
A educação faz-se todos os dias em todo o lado, não apenas nas escolas. Um cidadão para ter consciência da sua importância precisa de se sentir rodeado de outros cidadãos como ele, responsáveis e justos, conscientes do seu papel no todo que formamos e sobretudo esclarecidos ao ponto de compreenderem que estamos todos no mesmo barco e que quando este se afundar, afundar-nos-emos todos com ele.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Hoje como ontem...
Quando, em 1979, resolvi ir ter com o meu irmão à Holanda e por lá me deixar ficar algum tempo, esta música estava na berra e eu não parava de a ouvir, sentida com a realidade, tão verdadeira, da sua letra.
Hoje, 30 anos mais tarde, é a vez do meu filho sentir na pele esta verdade que não mudou, esta selva em que, mais cedo ou mais tarde, todos temos de nos embrenhar, ainda que uns mais, outros menos.
A corrupção, a «xica espertice», a filha de putice que prevalece nas mentalidades de certos gestores, por pequenos e insignificantes que sejam, deixam triste qualquer novato que cresceu a acreditar na justiça e na justeza de todas as coisas.
Mas a possibilidade de denúncia existe, valha ela o que valer, existe! Por isso, filhos da puta deste país, ponham-se a pau comigo que não sou de me calar e não tenho medo de nada nem de ninguém!
Sexta-Feira 13
Há dias em que todos os sentidos se viram para o que há de bom e outros em que lhes apetece, vá lá saber-se porquê, virarem-se para tudo o que há de mau. Os ouvidos só ouvem o que não gostam, os olhos só vêem o que não querem, ao paladar tudo parece igual e tudo o que se toca é áspero, grosseiro ou dá alergia. No coração instala-se uma inquietação que roça o mau presságio e a mente, muito mais inteligente nestas circunstâncias, esforça-se por mandar tudo à fava e grita-nos aos ouvidos que as sextas-feiras 13 trazem bons augúrios porque sim, porque dão sorte só porque não podem dar azar porque o que o povo diz é treta e até há provas de coisas muito boas que acontecem nestas sextas-feiras que eu sei que há porque já ouvi dizer.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Já lá vai o tempo...

Desenganem-se os enganados!
Eu não acredito nessa história do destino. Acho que o destino está lá, em aberto, para nós fazermos dele aquilo que quisermos e formos capazes. Mas o certo é que há gente que parece não ser capaz de sair dum círculo de repetições desastrosas que lhe transforma a vida num inferno e que a senta num trono de eternas vítimas fadadas para a desgraça. Gente que é enganada uma e outra vez e que insiste em dar oportunidades, e falo de oportunidades aos mesmos evidentemente, àqueles que os enganaram! Gente que é roubada por todos aqueles com quem decide fazer sociedades, também já vi! Não uma, mas duas ou mais vezes, e neste caso não são os mesmos mas é como se fossem – são o mesmo estilo com certeza…
Se perguntarmos aos enganados o motivo pelo qual certas coisas não param de lhes acontecer, temo bastante que as respostas, de uma ou de outra forma, estejam ligadas ao fado e ao destino, ao «a vida é mesmo assim» e as pessoas não prestam… mas raramente as respostas estarão ligadas ao reconhecimento de uma responsabilidade própria; à resistência numa mudança de atitude; à necessidade de reformular o círculo de amigos ou o tipo de namorados ou namoradas!
Não é verdade que as pessoas não prestam – umas prestam, outras não. Não é verdade que alguém tenha nascido para ser enganado, ludibriado, atraiçoado, pela vida fora! Não faz sentido que seja o enganado a repensar a sua atitude e a desculpar permanentemente o outro porque talvez a culpa não seja dele, se calhar fez isto porque eu não fiz aquilo! Qual quê?! Fez porque é vigarista; porque é desonesto; porque é fraco; porque não assume os compromissos; porque não presta!
Zanguem-se! Têm todo o direito de se zangarem!
Sempre gostava de saber onde anda o ego de certa gente!...
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Castanha Assada!

terça-feira, 10 de novembro de 2009
Aos heróis
Procuramos heróis nos filmes e na banda desenhada. Melhor fora que os reconhecêssemos em cada um de nós…
Rapazes e Raparigas
O que me leva a agir?
O que é que me dita o que devo ou não devo fazer, nesta ou naquela circunstância?
É que só sendo capaz de responder a isto é que chegarei a conhecer-me…
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Os homens da minha vida
O primeiro veio para cá antes de mim, pegou-me ao colo, viu-me crescer.
O segundo, é este que chega amanhã. Quando chegou já eu por cá andava, ainda que houvesse pouco tempo mas o suficiente, ainda assim, para me lembrar da sua majestosa entrada, para a esperar ansiosamente e para ter ficado verdadeiramente feliz com a sua vinda. Nunca mais as nossas almas se separaram desde então.
O terceiro está prestes a deixar o ninho. Esse fui eu que o fiz, é um dos meus orgulhos e da minha razão de viver.
A vantagem destes três homens que tenho é que os terei no matter what. Amo-os incondicionalmente e sei que me amam a mim. Exercício muito mais complicado, ao que parece, para quem vem de fora…
domingo, 8 de novembro de 2009
Consegui!
Erros Ortográficos
De todos o mais gritante é «demais». Não sei se se trata de alguma colagem feita por via dos nossos irmãos brasileiros ou se não passa de um erro que se tem vindo a arrastar desde os primeiros anos de escola, mas que aparece em tudo quanto é sítio, aparece. São as legendas televisivas; os jornais e até alguns livros, todos a escreverem «demais» em frases como: Não comas demais!
Quando coincide com o meu pequeno almoço, a rubrica Bom Português, que passa na RTP1 durante as primeiras notícias, estou sempre à espera que perguntem isto às pessoas. Há muita gente que lá vai aprendendo qualquer coisita desta forma... Mas não, nunca se lembraram de perguntar se «de mais» em frases como: Dormiste de mais ou Comeste de mais; Gastaste de mais, se escreve separado ou tudo junto.
Pois que se escreve SEPARADO.
«Demais» assim, tudo juntinho, significa o que resta, os outros, além disso, de resto.
Sempre que se quiserem referir a excesso de quantidade, por favor escrevam DE MAIS.
Assim:
sábado, 7 de novembro de 2009
Interrompi a minha revisão e sentei-me à frente da televisão
Pela SIC fiquei a saber que as taxas de juro, Euribor a 6 meses, estão abaixo do 1% mas que mesmo assim há prédios inteiros, construídos há mais de 7 anos, à espera de serem vendidos… e eu a querer comprar! E os bancos a não emprestar…e um mercado inteiro parado, onde perde quem construiu e tem de aguentar as prestações de 20 e 30 andares; e perde quem quer comprar e anda, como eu, a suportar rendas que só servem os senhorios…enfim, espera-se que a lei mude agora, facilitando um pouco estas trocas e permitindo a este mercado respirar um bocadinho…(foi o que disseram…)
Fiquei também a saber que está a decorrer uma feira de «franchising» para todas as bolsas. Façam as vossas apostas, tentem a sorte já que o emprego está difícil…
Nos EUA os assassínios não param. Eles é que ainda não perceberam, não é oficial, mas estão em guerra com eles mesmos vai já para algum tempo…
Farão, na próxima segunda-feira (ou terça, não tenho a certeza) 20 anos que caiu o muro mais polémico da nossa História. Construído em 1962, separou famílias e amigos, qual cenário de terror! O Homem é capaz das coisas mais extraordinárias! Imaginem se de repente alguém resolvesse construir um muro que dividisse Lisboa e proibir a passagem de um lado para o outro! Nem quero imaginar um horror desses!
Afinal a mãe russa da menina que foi criada por cá, tem-se revelado uma alcoólica incapaz…e assim se dá cabo da vida de certas crianças…esquecemo-nos com alguma frequência que «parir é dor» mas «criar, é amor»…
Ah! É verdade! E está aberta a época do Cogumelo Selvagem. É vê-los, os Ainda-Humanos, a sair de casa de cesto no braço, pelos campos, a apanhar cogumelos…
Mais um desabafo
Ninguém pode viver só para isto, ou só para aquilo. Tem de haver capacidade para ir temperando o dia-a-dia com uns pózinhos disto e outros daquilo. Eu não a tenho! E como não a tenho, dou comigo a ter saudades dos amigos, para quem deixei de ter tempo; da família, que me parece fugir por entre os dedos; da música, que só vou ouvindo no meio do trânsito; das notícias, que vou apanhando aqui e ali e que me deixam sempre com esta sensação de andar a anhar; das saídas; dos restaurantes; do cinema e do teatro sem os quais, convenhamos, isto deixa de ter graça!
Mas como a necessidade aguça o engenho, quem sabe não arranjo destreza suficiente para dar conta de tudo… e assim como assim já falta pouco para as férias…
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
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Mais um fim-de-semana a trabalhar! E vão cinco! ou seis, já lhes perdi a conta!
Do perdoar
A quem pesa o rancor? A quem padece de raiva.
Não que o perdão seja fácil. Não é. Mas quem beneficia realmente com ele? O ofensor ou o ofendido?
É que mesmo aqueles que conseguem o perdão institucional, ainda que sejam inocentes raramente conseguem o perdão daqueles que acreditam ter sido as suas vítimas. E mesmo aqueles que são condenados pelos tribunais e que cumprem penas, raramente satisfazem a sede de vingança daqueles que acreditam ter sido as suas vítimas.
E aos condenados, como aos ilibados, tanto se lhes dá porque não sentem o rancor, a revolta e a raiva das vítimas. Mas as vítimas, essas sim, essas arrastam pela vida fora o veneno da raiva, da revolta e do ódio. Essas, são vítimas duas vezes – primeiro dos agressores e depois delas mesmas, os agredidos.
Não é fácil perdoar, mas é muito mais saudável e, sobretudo, muito mais libertador.
Gente má
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Os escândalos mediáticos
Nunca, em época nenhuma, me lembro de ver tamanha exposição pública de escândalos desta natureza. Não faço ideia se é bom sinal ou apenas uma manobra de diversão. De resto, cada vez questiono mais a verdade e os motivos do que nos é dado a «comer», compreendo Marinho e Pinto quando diz que os media fazem um circo dos casos mais mediáticos; compreendo-o quando afirma que o importante é divulgar, depois de apurados, os culpados e os inocentes já que todos se misturam no início de um escândalo e muitas vidas podem ser destruídas injustamente.
Mas uma coisa é certa, o facto de se saber que alguém, em algum lugar, denuncia e condena publicamente a corrupção, faz-me acreditar que alguma coisa está a mudar. Talvez os tempos, talvez as vontades, mas alguma coisa ainda assim.
Da juventude
Pena é que o corpo, de vez em quando, nos atraiçoe…
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Isto passa, não é nada...
Comovem-me os olhos cheios de lágrimas a acompanhar um sorriso de não se passa nada de grave.
E temo, quase sempre, as repercussões desse fazer, as possíveis depressões que a fuga tantas vezes traz consigo.
Gostava de poder dizer que a dor, como o prazer, faz parte da vida e que, como ele, deve ser vivida em toda a sua plenitude, porque é essa a única forma de catarse. Não há outra. Todos os recursos paralelos são uma mentira que como gato escondido, terão sempre um rabo de fora que nos lembrará e nos incomodará até quase sempre.
Gostava de poder dizer que quando se foge de algo que existe, somos perseguidos e forçados a aprender a viver assim, na fuga ou no vergar de ombros pelo peso que se carrega.
Gostava de o poder dizer mas não posso, porque há coisas, tantas coisas, que não se ensinam só se aprendem. E cada um tem o seu ritmo.
Mas eu gostava, ainda assim, de poder dizer, porque as pessoas são importante para mim; porque algumas delas são ainda mais importantes e porque não gosto, nem um bocadinho, de as ver sofrer. Por isso, por mim, sofram lá tudo de uma vez, por favor, sofram-no até ao fim, chorem-no, arranquem do peito o que é de arrancar. E depois sarem.
Esta gente é estúpida
Esta gente que anda a enfiar publicidade em tudo o que é buraco não vê que há certas caixas, em certos prédios, onde já nada cabe?!
Realmente não é por acaso que uns fazem umas coisas e outros outras...
terça-feira, 3 de novembro de 2009
O Homem, esse itinerante
Fica assim provado que existem lugares na Terra que são mesmo bons é para se estar de papo para o ar sem se fazer rigorosamente nada e com dinheiro para gastar, já que a maioria destes países com possibilidade de abandono por parte dos seus naturais são paraísos de férias para aqueles que trabalham no outro lado do mundo.
No princípio procurámos os lugares com as melhores condições naturais, agora procuramos aqueles com as melhores condições económicas. Ao fim e ao cabo somos filhos da Terra e a sensação de pertença mais não é do que raízes que vamos criando em solo que nos alimente bem.
domingo, 1 de novembro de 2009
A dor da substituição
Injustiças, isso sim...
Para que me serve tanta “sabedoria”? Para quase nada porque ninguém acredita em mim se a minha memória não for capaz de trazer à superfície o nome daquele ou daquela que reconhecidamente, entenda-se publicamente reconhecido, comprovou isto ou aquilo.
Resultado – para que me fossem verdadeiramente úteis todas estas leituras teria de as revisitar e postar-lhes, no canto inferior esquerdo da minha memória, as fidedignas fontes porque se à pergunta – quem é que disse isso? eu responder, sei lá mas alguém disse que eu já li em qualquer lado, ou, digo eu que já se me entranhou esta verdade, mandam-me dar uma curva ou olham-me desconfiados como quem diz, mas quem é esta que tem a mania que sabe tudo?!...
Para quando...
Música clássica ao domingo de manhã
Só não cheguei a perceber se a intenção era essa ou se faltava alternativa, uns phones, por exemplo, ao condutor que de capacete enfiado pela cabeça abaixo achou por bem levantar o som da motoreta de modo a conseguir viajar ao ritmo do compositor.
A mim não me fez diferença que, como não me canso de frisar, já não sei se é domingo, segunda ou terça, mas faço ideia do pulo que deram na cama todos os moradores desta avenida que ao domingo, a esta hora, até costuma ser pacata…