sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Gente má

Será possível que os espanhóis que compraram, este ano, o apartamento aqui por baixo do meu e que chegaram todos felizes, com duas filhas e um canito que ladrava que nem um desgraçado porque, disse-me a mãe, sentia-se estranho num ambiente ao qual não estava habituado, será possível, perguntava eu, que se tenham ido embora e tenham deixado por cá, perdido pela rua, o pobre do canito que tem ar de lu-lu incapaz de sobreviver a céu aberto?! Será possível que a crueldade de alguns chegue a este ponto?! Eu, que nem sou uma grande apreciadora de cães, que já disse mil vezes que não quero mais nenhum, que estou cansada de os enterrar, que não tenho vida para ter cão, sim, porque para se ter cão tem de ser ter vida! Ter um cão é um compromisso que dura todos os anos que o animal durar; ter um cão é querer que a família cresça porque um cão passa a ser um membro de pleno direito ou então não o tenham, façam como eu! E agora vejo o animal daqui da varanda e só me apetece ir buscá-lo para o meter nem sei onde! Vejo-o de cauda levantada, ainda, porque ainda não compreendeu o que lhe aconteceu coitado! E por aqui ciranda, sem eira nem beira que era o que deveria acontecer aos donos dele e a outros como eles… Raios os partam!

3 comentários:

anademar disse...

Os animais são capazes de crueldades medonhas. E não consegue pelo menos chamar o cantinho dos animais ou outra instituição do género para o ir buscar? É que está a ficar muito frio e o desgraçado na rua....

Alda Couto disse...

Ontem perdi-o de vista, mas se ele continuar a rondar por ali chamo alguém sim, ou arranjo quem fique com ele, sei lá...

Goldfish disse...

Mais um... É impressionante, não consigo perceber as pessoas, a sério que não. No meu canto há uma imagem contra o abandono de animais, se clicar nela vai ter ao SOS animais, um blog onde há uma lista de associações que recolhem animais. Mas se houvesse alguém que ficasse com ele era melhor, enquanto ainda não sofreu muito, coitado. Eles vão-se e nós é que ficamos a olhar e a preocuparmo-nos com algo que nada tem a ver connosco!

Se eu estiver enganada e houver mesmo um inferno, gentinha como essa há-de lá chegar um dia e arder em lume brando até ao final dos dias.