sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Hoje como ontem...



Quando, em 1979, resolvi ir ter com o meu irmão à Holanda e por lá me deixar ficar algum tempo, esta música estava na berra e eu não parava de a ouvir, sentida com a realidade, tão verdadeira, da sua letra.
Hoje, 30 anos mais tarde, é a vez do meu filho sentir na pele esta verdade que não mudou, esta selva em que, mais cedo ou mais tarde, todos temos de nos embrenhar, ainda que uns mais, outros menos.
A corrupção, a «xica espertice», a filha de putice que prevalece nas mentalidades de certos gestores, por pequenos e insignificantes que sejam, deixam triste qualquer novato que cresceu a acreditar na justiça e na justeza de todas as coisas.
Mas a possibilidade de denúncia existe, valha ela o que valer, existe! Por isso, filhos da puta deste país, ponham-se a pau comigo que não sou de me calar e não tenho medo de nada nem de ninguém!

3 comentários:

CF disse...

Boa Antígona. Assim é que se fala. Confesso que ás vezes, ainda tenho dificuldade em atingir essa fantástica capacidade de chamar as coisas pelos nomes. Mas hei-de la chegar. Há pois hei-de...

Goldfish disse...

O difícil, depois de se ser confrontado com a selva, é manter o equilíbrio entre a consciência de todas essas coisas e a manutenção da esperança de justiça e justeza futura...

Deixo aqui um link de um blog que postou ontem um cartaz que tem tudo a ver com o que escreveu e que vai, pelo menos, pôr um sorriso na sua boca e na do seu petiz... Eu, ri à gargalhada!

http://boca-doce.blogspot.com/2009/11/tinha-que-partilhar.html

Sputnick disse...

Pois, essa dos gestores e dos nossos filhos, como te entendo Amiga.
Quanto aos Supertramp - sou fiel. E claro, estive em Cascais, e no Pavilhão Atlântico.
PS: Se precisares de alguém para fazer coro contra os filhos da puta, conta comigo, pois além de eu ter boa garganta, os amigos são para as ocasiões. Abraço ao Delfim.