O sexo é, de todas as nossas funções vitais, a mais complicada e traumatizante.
Vê-lo apenas como uma função vital capaz de nos melhorar consideravelmente a qualidade de vida, é ainda, atrevo-me a dizer, uma meta a atingir. E, quando digo – a atingir, nem sequer estou segura de que deva ser atingida já que, para tal, será necessário desligá-lo irremediavelmente do amor e sexo sem amor é algo para o qual ninguém está preparado. Nem mesmo aqueles que dizem que estão. Nem mesmo aqueles que fazem dele um hobby ou um desporto, já que quando, por qualquer distracção, o fazem por amor e com amor, dificilmente voltarão a tirar dele o mesmo partido que tiravam antes.
O sexo e a forma como cada um o vive e vê, continua a ser um enigma, um pequeno tabu, uma complicação. Principalmente para quem partilha, diariamente, a sua vida com um outro.
Primeiro porque aqueles que vivem sozinhos têm uma maior liberdade para o viver conforme lhes der na real gana. Segundo porque é muito difícil encontrarmos alguém que tenha o mesmo ritmo que nós. Não creio sequer que haja dois ritmos iguais, pelo que teremos de nos contentar com o mais aproximado que encontrarmos e ir adaptando as diferentes vontades ao longo dos anos.
O sexo é tão capaz de nos juntar como de nos separar, na hora. Assim, sem mais nem menos. E de pouco serve lutarmos contra isso porque, das duas uma, ou nos resignamos ao que temos ou mascaramos o nosso comportamento, mentindo e enganando.
Pode ser que um dia estejamos preparados para nos abrirmos verdadeiramente com quem vive connosco, mas a minha experiência diz-me que, no momento em que os actos se transformam em palavras, a coisa arrefece de tal maneira que dificilmente voltará a aquecer.
Falar abertamente sobre o sexo, o nosso sexo, o nosso comportamento e as nossas vontades sexuais, deixa-nos, às vezes a nós, muitas vezes aos outros, com um aperto no estômago e um nó na garganta.
Atrevo-me a dizer que o nosso conhecimento sobre o assunto está a léguas de ser satisfatório. Não nos conhecemos uns aos outros e, ao pormos no nosso desempenho sexual a prova do nosso amor ou do nosso interesse estamos a pressionarmo-nos e a pressionar o outro. E sexo sob pressão, não dá. É um vírus que mina a relação até a matar. Por isto anda aí muito casal que já morreu e que só existe na esperança de ressuscitar. Alguns até pode ser que consigam. A maioria vai-se arrastando à força de balões de oxigénio esperando que a idade lhes tire a vontade. Mal sabem eles que nenhuma idade, por si só, o faz.
Vê-lo apenas como uma função vital capaz de nos melhorar consideravelmente a qualidade de vida, é ainda, atrevo-me a dizer, uma meta a atingir. E, quando digo – a atingir, nem sequer estou segura de que deva ser atingida já que, para tal, será necessário desligá-lo irremediavelmente do amor e sexo sem amor é algo para o qual ninguém está preparado. Nem mesmo aqueles que dizem que estão. Nem mesmo aqueles que fazem dele um hobby ou um desporto, já que quando, por qualquer distracção, o fazem por amor e com amor, dificilmente voltarão a tirar dele o mesmo partido que tiravam antes.
O sexo e a forma como cada um o vive e vê, continua a ser um enigma, um pequeno tabu, uma complicação. Principalmente para quem partilha, diariamente, a sua vida com um outro.
Primeiro porque aqueles que vivem sozinhos têm uma maior liberdade para o viver conforme lhes der na real gana. Segundo porque é muito difícil encontrarmos alguém que tenha o mesmo ritmo que nós. Não creio sequer que haja dois ritmos iguais, pelo que teremos de nos contentar com o mais aproximado que encontrarmos e ir adaptando as diferentes vontades ao longo dos anos.
O sexo é tão capaz de nos juntar como de nos separar, na hora. Assim, sem mais nem menos. E de pouco serve lutarmos contra isso porque, das duas uma, ou nos resignamos ao que temos ou mascaramos o nosso comportamento, mentindo e enganando.
Pode ser que um dia estejamos preparados para nos abrirmos verdadeiramente com quem vive connosco, mas a minha experiência diz-me que, no momento em que os actos se transformam em palavras, a coisa arrefece de tal maneira que dificilmente voltará a aquecer.
Falar abertamente sobre o sexo, o nosso sexo, o nosso comportamento e as nossas vontades sexuais, deixa-nos, às vezes a nós, muitas vezes aos outros, com um aperto no estômago e um nó na garganta.
Atrevo-me a dizer que o nosso conhecimento sobre o assunto está a léguas de ser satisfatório. Não nos conhecemos uns aos outros e, ao pormos no nosso desempenho sexual a prova do nosso amor ou do nosso interesse estamos a pressionarmo-nos e a pressionar o outro. E sexo sob pressão, não dá. É um vírus que mina a relação até a matar. Por isto anda aí muito casal que já morreu e que só existe na esperança de ressuscitar. Alguns até pode ser que consigam. A maioria vai-se arrastando à força de balões de oxigénio esperando que a idade lhes tire a vontade. Mal sabem eles que nenhuma idade, por si só, o faz.
4 comentários:
Concordo... Ainda ontem escrevi sobre algo isso no meu blog...
Excelente post, Antigona!
Muito obrigada :)
Gostei da visão. Fez-me pensar...
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