Sempre que ao fim da tarde entro na casa dos meus pais, mesmo que seja de fugida, acabo sentada no maple da sala, entre os dois.
Ficamos ali; trocamos meia dúzia de palavras, às vezes mais, mas acabamos sempre por ficar ali, os três , a olhar o écran da televisão que está, a esta hora, invariavelmente acesa.
Às vezes comentamos esta ou aquela cena, desta ou daquela novela. O meu pai não dispensa as novelas. Vive-as alegremente; ri-se delas; distrai-se da vida.
Por vezes acontece não falarmos durante uns minutos. E é nesse silêncio que a paz mais se instala. É um aconchego, uma proteção, um abandono tal que os meus olhos ameaçam fechar, o meu corpo tende ao abandono e toda eu sossego na certeza de que nada, mas mesmo nada, me pode atingir enquanto os tiver, assim, a zelar por mim.
Ficamos ali; trocamos meia dúzia de palavras, às vezes mais, mas acabamos sempre por ficar ali, os três , a olhar o écran da televisão que está, a esta hora, invariavelmente acesa.
Às vezes comentamos esta ou aquela cena, desta ou daquela novela. O meu pai não dispensa as novelas. Vive-as alegremente; ri-se delas; distrai-se da vida.
Por vezes acontece não falarmos durante uns minutos. E é nesse silêncio que a paz mais se instala. É um aconchego, uma proteção, um abandono tal que os meus olhos ameaçam fechar, o meu corpo tende ao abandono e toda eu sossego na certeza de que nada, mas mesmo nada, me pode atingir enquanto os tiver, assim, a zelar por mim.
1 comentário:
Sabe bem...
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