domingo, 14 de junho de 2009

Não somos todos iguais

Não temos todos as mesmas capacidades, nem as mesmas vontades, nem as mesmas apetências. Não gostamos todos das mesmas coisas, embora me pareça que andamos todos, mais ou menos, à procura do mesmo – ser felizes.
A questão não está nas igualdades ou nas diferenças que transportamos à nascença. A questão está nos direitos com que nascemos e, esses, deveriam ser todos iguais.
Nascemos todos debaixo do mesmo Sol, para habitar o mesmo planeta o que nos deveria dar, a todos, o direito às mesmas oportunidades. As nossas diferenças residem, basicamente, na forma como as aproveitamos e é aí, e só aí, que a selecção, se assim se lhe pode chamar, deveria ser feita.
Reconhecer o esforço de cada um é um direito que considero básico.
Dar oportunidade para que todos possam lutar pelo reconhecimento, é um direito que deveria assistir a todo e qualquer ser humano.
Há direitos que nos assistem só pelo facto de termos nascido. Os outros conquistam-se, ou não.
Quanto aos deveres, esses crescem connosco e vão-se adaptando à idade de cada um.
Tudo isto me parece básico. Se o escrevo aqui é em resposta a um comentário que me foi deixado num post recente em que “brinquei” um pouco com a distribuição da riqueza a propósito da quantia exorbitante que circulou à pala de um jogador de futebol.
Se chegámos ao ponto em que as diferenças se enraizaram, fadando assim todos os descendentes daqueles que aproveitaram menos bem as oportunidades que lhes foram dadas, não sei, mas é algo em que não acredito, porque me parece que, ao longo da nossa História, sempre houve quem gostasse de subjugar e de tirar para si um pouco mais.
Garantir a igualdade de oportunidades é o dever de toda a sociedade civilizada e é dessa forma que eu considero a igualdade.
À partida, que é como quem diz, à nascença, somos, ou deveríamos ser, todos iguais.

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