quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Eu e o Computador

Pois que ontem cheguei a casa toda contente com uma máquina fotográfica cheia de fotografias e uma enorme vontade de as partilhar convosco.
Por volta das onze da noite, porque já cheguei tarde e tive de comer primeiro, liguei a máquina ao computador; escrevi um texto nas mensagens do blog e vai de começar a introduzir as imagens que diga-se em abono da verdade não estavam grande espingarda. Eu e as máquinas temos uma relação bastante sofrível, às vezes sou eu que tremo outras elas que encravam…
Como eram bastantes, lá seleccionei aquelas que me pareceram melhorzinhas. Mas quando, na altura de as procurar, abri o ficheiro, as fotos não abriram e a única forma de as identificar era através de um código em que só um número varia! Vai de deixar tudo em standby, de abrir o ficheiro de modo a ver as imagens e a alterar os nomes daquelas que queria introduzir aqui.
Primeiro obstáculo ultrapassado, já lá ia quase uma hora de trabalho…
Toda contentinha, ainda que já um bocadinho a espumar pela boca porque acho que estas coisas deveriam ser todas muito mais fáceis e eu até vejo por aí blogs cheios de fotos com molduras lindas, lá consegui juntar as ditas ao texto.
Quando finalizei e o écran voltou à mensagem, o texto tinha desaparecido! Espera, não, desaparecido não, estava só NO FIM das fotos todas! Tentei “puxar as fotos para baixo” mas a única coisa que consegui foi esticá-las de tal maneira que ficaram a parecer chouriços.
Vai de apagar o texto todo e tentar recuperar as fotos esticaditas. Não consegui, apaguei-as também.
De facto houve uma foto que cheguei a apagar três vezes…
Rapidamente percebi - que eu também não sou estúpida - que o segredo desta coisa está em “construir” a mensagem de trás para a frente, isto é, começo por cá meter as coisas que quero que fiquem em último lugar.
Por volta da uma e tal da manhã já a coisa estava mais ou menos catita. Mas a essa hora o “hoje” já não seria “hoje” mas “ontem” e como já ando um bocadinho cansada de utilizar aquela expressão “hoje que é já ontem”, resolvi alterar os três “hoje” que o texto tinha para três “ontem”.
Feliz, porque finalmente tinha conseguido compor a mensagem, decidi ver o resultado final. Qual não é o meu espanto quando verifiquei que no final da mensagem se estendia um verdadeiro lençol de negro como se nada mais existisse! Ó meu Deus que apaguei o blog todo!, pensei logo eu com este meu pessimismo que me surge sempre nestes momentos, não porque não confie em mim e nas minhas capacidades mas porque sei de fonte segura que vivemos num mundo cruel onde tudo é possível…Ó MEU DEUS!
Depois de uma longa caminhada pela negritude que compõe por vontade minha, evidentemente, este meu blog, encontrei finalmente os textos anteriores que, por momentos, julguei desaparecidos!
Espera aí!, disse de mim para comigo, Espera aí! Isto de ter andado para cá e para lá com as fotografias e mais o texto e mais sabe Deus o quê, deve ter aumentado de tal maneira o corpo da mensagem que ela agora tem mais do dobro do tamanho necessário!
É claro que se eu não fosse uma pessoa inteligente NUNCA teria descoberto isto.
Lá voltei à Edição de Mensagens, lá encurtei o espaçito e lá voltei a publicar a dita.
Eis senão quando os meus olhos pousam na data da publicação – Quarta-Feira, 12 de Agosto!
Afinal o “ontem” é “hoje”! Vai-se a ver e não sou só eu que sou inteligente, o computador também é, percebeu logo que tudo aquilo se tinha passado ontem!
Fiquei contente com ele e lá alterei outra vez a palavrita. Enfim, contente não é bem o termo porque o idiota não me deixou ficar as legendas das fotos centradas, tal como eu lhe tinha pedido, mas enfim…dou isso de barato e desculpo-o por via da pouca experiência que tem nestas andanças…O resultado não foi brilhante, mas foi sofrido, ó se foi!...

1 comentário:

Anónimo disse...

Texto com muito humor. Afinal há males vêm por bem. Se não tivesse acontecido esse precalço da edição, não terias motivo para teres "arrancado" um texto tão feliz. ):