O que leva pessoas que têm estabelecimentos comerciais a negar a divulgação de folhetos de quem anda a lutar pela vida, é uma questão que me transcende.
Será maldade? egoísmo? medo? pedantismo? Será o exercício tão querido e raro do Poder?, aqui quem manda sou eu!? Será tudo isso, ou qualquer outra coisa que me escapa?
E não são dois ou três! São muitos! Muitos os comerciantes dos mais variados ramos que recusam a colocação de folhetos em cima do balcão ou noutro sítio qualquer.
Lembro-me sempre daquela história do pai que tem sete filhos e está a morrer. No leito de morte chama os filhos todos e fá-los prometer que se manterão sempre unidos; mostra-lhes um molho de finas vergas e desafia-os a quebrá-lo, nenhum consegue; em seguida desfaz o molho e quebra as vergas, uma a uma. Mas isto eram histórias que se contavam dantes às criancinhas. Agora, valores “mais altos” se levantam e já ninguém conhece histórias destas.
Porque é que cada estabelecimento comercial não dispõe de um quadro e/ou de uma bancada para receber a propaganda de quem não tem recursos para recorrer a outras vias, é a pergunta que aqui deixo.
Se o medo que têm é da concorrência, olhem pelo menos para os folhetos e verifiquem que podem ser pares e não concorrentes.
Isolem-se e sucumbirão, tal como as frágeis varas que todos, quando isolados, somos.
Para todos aqueles que dizem que sim, porque nem capazes são de dizer não, e que se desfazem deles mal se vira as costas, tudo o que lhes desejo é que uma praga de traças os ataque durante a noite por via dos papéis jogados no lixo. Tenho dito.
Sem comentários:
Enviar um comentário