Hoje o comentador da RTPN dizia que uma jornalista, de quem não fixei o nome porque sou péssima para decorar nomes, caras, datas, números…não porque tenha má memória! Está é demasiado ocupada com acontecimentos…, bem, esse comentador dizia que essa jornalista tinha estado uns dias sem telefone e sem Internet e que se tinha visto aflita para continuar o trabalho de qualidade que parece que tem. Segundo ele, o jornalismo que se faz hoje em dia, e que tem mais qualidade do que tinha antigamente, depende muito destes meios de comunicação. Ao que parece ela conseguiu.
Esta notícia deu-me vontade de voltar a passar os olhos por fotocópias de jornais antigos que vou guardando à conta das minhas pesquisas.
Então é assim, apesar de terem tido muito menos páginas do que têm agora, os jornais de antigamente eram consideravelmente maiores. Diria mesmo que pouco faltava, em tamanho, para parecerem verdadeiros lençóis de papel manchado de tinta. A primeira página era preenchida, meio por meio, de pequenas notícias e de um folhetim. Anúncios de toda a espécie povoavam as restantes e, quando escasseavam, os anúncios, mais pequenas notícias apareciam. Havia ainda uma página destinada a conselhos de utilidade pública, textos extensíssimos que ensinavam a tratar de crianças ou a tirar nódoas difíceis.
No número 594 do Diário de Notícias datado do dia 1 de Janeiro de 1867, podem ler-se notícias como esta :
“Em Ribeira da Pena acaba de ser assassinado em pleno dia pelo irmão de um seu creado o lavrador Joaquim de Cabris. O assassino, cognominado o Caçoto, evadiu-se.”
No número 595, de 3 de Janeiro do mesmo ano uma outra notícia fez-me soltar um sorriso :
“Começaram mal o anno varios cidadãos que beberam em excesso, e cairam, e jogaram ao socco, ferindo-se e indo curar-se ao hospital de S. José.”
E, por fim, uma outra do mesmo jornal:
“As festas do Anno Bom não foram perturbadas em Lisboa por nenhuma desordem grave. Um dos principaes attributos do nosso povo é a moderação e o socego.”
Eu faço ideia da quantidade de coisas que aconteciam naquela época e que ninguém sonhava sequer…
Mais acontecem hoje, com certeza, há mais gente. Mas muito mais se sabe, evidentemente.
Esta notícia deu-me vontade de voltar a passar os olhos por fotocópias de jornais antigos que vou guardando à conta das minhas pesquisas.
Então é assim, apesar de terem tido muito menos páginas do que têm agora, os jornais de antigamente eram consideravelmente maiores. Diria mesmo que pouco faltava, em tamanho, para parecerem verdadeiros lençóis de papel manchado de tinta. A primeira página era preenchida, meio por meio, de pequenas notícias e de um folhetim. Anúncios de toda a espécie povoavam as restantes e, quando escasseavam, os anúncios, mais pequenas notícias apareciam. Havia ainda uma página destinada a conselhos de utilidade pública, textos extensíssimos que ensinavam a tratar de crianças ou a tirar nódoas difíceis.
No número 594 do Diário de Notícias datado do dia 1 de Janeiro de 1867, podem ler-se notícias como esta :
“Em Ribeira da Pena acaba de ser assassinado em pleno dia pelo irmão de um seu creado o lavrador Joaquim de Cabris. O assassino, cognominado o Caçoto, evadiu-se.”
No número 595, de 3 de Janeiro do mesmo ano uma outra notícia fez-me soltar um sorriso :
“Começaram mal o anno varios cidadãos que beberam em excesso, e cairam, e jogaram ao socco, ferindo-se e indo curar-se ao hospital de S. José.”
E, por fim, uma outra do mesmo jornal:
“As festas do Anno Bom não foram perturbadas em Lisboa por nenhuma desordem grave. Um dos principaes attributos do nosso povo é a moderação e o socego.”
Eu faço ideia da quantidade de coisas que aconteciam naquela época e que ninguém sonhava sequer…
Mais acontecem hoje, com certeza, há mais gente. Mas muito mais se sabe, evidentemente.
Sem comentários:
Enviar um comentário