quarta-feira, 8 de abril de 2009

Da vulnerabilidade

A Terra não pára de tremer em Itália e eu não posso negar que isso me assusta.
Assusta-me a nossa vulnerabilidade. A mim, que até sou uma pessoa que lida bem com os imprevistos.
E se de repente acontecer aqui? Se, de repente, os prédios começarem a cair enchendo as ruas de escombros? Se, de repente, ficarmos sem nada?
Sim, porque nem sequer penso na morte que isso possa trazer. Penso é na vida que, eventualmente, trará.
E assusto-me. Tenho medo dos sismos, das ondas gigantes, da Terra zangada. Nada nos deixa mais impotentes do que a Terra zangada.

1 comentário:

Anónimo disse...

VULNERABILIDADES... e o que dá mais que pensar é o facto de determinadas populações saberem que têm a sua casa (vivem , trabalham )em zonas consideradas de alto risco ( risco sísmico, vulcânico, de inundações, etc.), terem já passado por algumas calamidades e ... CONTINUAREM instalados nessa zona! Na esperança (crença, julgo eu) de que tais crises ou não lhes "bata à porta" novamente ou de que apenas se repitam a "vizinhos".
Nem sequer equacionam uma mudança de região: não só para pouparem as próprias vidas como também as dos filhos e gerações futuras.
( estou pra´qui a pregar... mas sou lisboeta e continuo a viver nesta santa terrinha, com 1755 e outros sustos como pano de fundo)