quarta-feira, 8 de abril de 2009

Das pressas

Não gosto de andar a correr. Não gosto de pressas. De coisas que ficam para a última hora.
Gosto de tempo. Gosto de caminhar. Com genica e determinação, mas em passo de marcha, não de corrida.
É por isso que tento sempre organizar a minha vida de modo a que as coisas se encaixem sem grandes sobressaltos.
Contudo, há dias em que o tempo me foge e eu não vejo para onde. Dou comigo a correr de um lado para o outro e pergunto-me em que momento é que as coisas descambaram. Faço uma rápida retrospectiva. Ter-me-ei levantado tarde? Levei horas a mastigar? Adormeci em pé e não dei por isso?
Não. Nada disso. Enchi foi o dia de tempos mortos. Tempos de espera. Tempos parados porque, afinal, nem tudo se encaixa e os horários dos outros são quase quase, iguais aos meus.

2 comentários:

Anónimo disse...

... como eu te compreendo! Tempos mortos, de espera ! Desesperante: é o país da burocracia, o país em que, quando se pergunta como estamos a resposta invariável é: vai-se andando.
Pressas para quê? Apenas os responsáveis sentem necessidade em gerir o tempo. Os outros têm tempo a mais... e só têm pena que ele não passe mais depressa.

R.L. disse...

Por vezes sou perita em tempos mortos... daqueles que nos enchem de dúvidas e de solidão. Aquela que nos pesa dentro do peito. Obrigada pelas palavras no asinhas. Também voltarei, certamente.