Há para aí muita gente sozinha. E há também muita gente solitária.
Estão sozinhos os que não estão acompanhados. E solitários aqueles que, estando acompanhados, se sentem ainda mais sozinhos do que os sozinhos.
Há para aí muito desencontro. Mais até do que encontro. As pessoas evitam-se, inibem-se, refreiam-se.
A praia é um óptimo lugar para observar comportamentos e estados. É um lugar onde as pessoas não passam, estão. Onde as pessoas pouco circulam e quando o fazem regressam sempre ao ponto de origem. Se temos alguém debaixo de olho, fixa-se a toalha e pronto, temos entretém para o resto do dia. Principalmente se formos com um grupo de gente do mesmo sexo. Seja um grupo de homens, ou de mulheres, o entretém é mais ou menos o mesmo. Basta que, de repente, assim do nada, apareça alguém que encante a vista, e pronto – temos motivo de distracção.
E foi assim que eu hoje me distraí na praia – com um grupo de amigas e um sozinho, daqueles que enchem o olho a qualquer mulher. Mas quando de lá saí não pude deixar de pensar que, num mundo perfeito, provavelmente ter-nos-íamos conhecido, afinal até chegámos a trocar duas ou três palavras, mas este ainda é um mundo de preconceitos, de dogmas, de controladores e controlados.
Quem sabe o que perdemos, todos nós?! Eu sei que ele perdeu uma boa oportunidade de conhecer gente interessante, ele saberá outra coisa qualquer se é que dedica um minuto de atenção a pensar sequer no assunto…mas episódios destes acontecem, provavelmente, todos os dias em todos os lugares do mundo e é pena. É pena porque não se perde nada em conhecer gente, muito pelo contrário, é uma forma de enriquecimento, e a única forma de selecção.
Estão sozinhos os que não estão acompanhados. E solitários aqueles que, estando acompanhados, se sentem ainda mais sozinhos do que os sozinhos.
Há para aí muito desencontro. Mais até do que encontro. As pessoas evitam-se, inibem-se, refreiam-se.
A praia é um óptimo lugar para observar comportamentos e estados. É um lugar onde as pessoas não passam, estão. Onde as pessoas pouco circulam e quando o fazem regressam sempre ao ponto de origem. Se temos alguém debaixo de olho, fixa-se a toalha e pronto, temos entretém para o resto do dia. Principalmente se formos com um grupo de gente do mesmo sexo. Seja um grupo de homens, ou de mulheres, o entretém é mais ou menos o mesmo. Basta que, de repente, assim do nada, apareça alguém que encante a vista, e pronto – temos motivo de distracção.
E foi assim que eu hoje me distraí na praia – com um grupo de amigas e um sozinho, daqueles que enchem o olho a qualquer mulher. Mas quando de lá saí não pude deixar de pensar que, num mundo perfeito, provavelmente ter-nos-íamos conhecido, afinal até chegámos a trocar duas ou três palavras, mas este ainda é um mundo de preconceitos, de dogmas, de controladores e controlados.
Quem sabe o que perdemos, todos nós?! Eu sei que ele perdeu uma boa oportunidade de conhecer gente interessante, ele saberá outra coisa qualquer se é que dedica um minuto de atenção a pensar sequer no assunto…mas episódios destes acontecem, provavelmente, todos os dias em todos os lugares do mundo e é pena. É pena porque não se perde nada em conhecer gente, muito pelo contrário, é uma forma de enriquecimento, e a única forma de selecção.
2 comentários:
Concordo Antígona. Não raras vezes fico com essa sensação, acompanhada de alguma melancolia. Exactamente pelo que dizes. Nunca ficaremos a saber se perdemos ou não, mas podemos ter perdido. Como tudo na vida, também aqui, a sorte e o acaso têm uma palavra a dizer...
A solidão acompanhada é muito mais dolorosa que a solidão sozinha. Estamos sozinhos e por nossa conta. Uma boa altura para analisarmos bem como as pessoas e os seus comportamentos e, possivelmente até chegamos à conclusão que não é assim tão mau estar só.
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