segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ninguém pode

Sabem aqueles filmes lamechas cujos temas centrais são a solidariedade, o companheirismo, a dedicação, a amizade, o amor universal; aqueles filmes em que as pessoas nunca são abandonadas, em que os familiares e os amigos vêm de cascos de rolha, viram o mundo ao contrário, só para os ajudar; aqueles filmes em que nunca ninguém acaba sozinho mesmo que já tenha morrido meio mundo?
Choro sempre. Sempre.
Agora, se choro porque me comovo com tão bonitos gestos, ou se choro porque lamento que algo assim só exista mesmo nos filmes, é outra questão.
Se choro porque filmes destes são, na sua maioria muito antigos, é ainda outra.
Se choro porque acredito que é significativo o facto destes filmes serem antigos, outra.
Se choro porque acredito que os filmes até traduzem uma certa realidade, outra.
Se choro porque sei que a realidade mudou e isso me deixa profundamente triste, a derradeira, realidade evidentemente.
Não se volta atrás no tempo e ainda bem que não. Mas talvez valesse a pena pensarmos seriamente em recuperar certos valores, certas culturas, certas formas de estar, certas honras ou o sentido delas. Ninguém pode mudar o mundo, e cada um de nós é Ninguém…

3 comentários:

CF disse...

Muito bom Antígona :)

Rapunzel disse...

És tu e eu...

Maria disse...

Se estivermos atentos às boas notícias, mesmo nos jornais, há testemunhos de amor e sacrifício pelo seu semelhante quase todos os dias. E uma história de familiares (primos e tios)que vieram de outro país para ajudar um doente eu já vi