Tenho a mania que sou esperta e que o meu sentido de justiça é maior do que o dos demais. Tenho, em suma, a mania de meter o nariz onde não sou chamada e isso, num país que se alimenta de segredos e de esconde-esconde, é fatal.
Cruzei-me com uma cara conhecida à entrada deste prédio onde habito temporariamente, ainda que o temporariamente se esteja, contra minha vontade, a prolongar… não indefinidamente, espero. Acontece que a cara conhecida só é conhecida porque pertence a um vendedor, vejam bem como é que eu já estou, reconheço vendedores em cada esquina ou então o país está a saldo e os vendedores proliferam pelo que não é nada estranho esbarrarmos com um em cada esquina. Pois que o dito, que também me reconheceu, qualquer dia sou internacionalmente conhecida por aquela que procura casa mas não encontra e quando encontra surge um obstáculo que mantém o estado de procura, como se a casa que procuro se situasse no monte Parnaso e eu para a conquistar fosse obrigada a empurrar encosta acima a gigante pedra que há-de dar lugar à sua construção. Qual personagem sísifiana… (para quem não percebeu esta parte é só consultar o mito de Sísifo, aquela história do tipo que foi condenado a empurrar eternamente um pedregulho montanha acima. Não há nada que enganar – O Mito de Sísifo.)
Mas estou a desviar-me do assunto.
Pois que me cruzei com o tal vendedor que se encontrava aqui no prédio com a estóica missão de vender um dos andares. Eu ainda não vos disse mas estão todos para venda e, quem tem seguido ultimamente este blog há-de perceber porquê. Afinal de contas de pouco mais tenho falado senão de casas, isto já parece uma novela! Prometo que me fico por aqui e que só voltarei a mencionar este tema quando REALMENTE se justificar.
Pois que ele está a tentar vender um dos apartamentos. Eu entro no prédio. Cruzamo-nos. Olhamo-nos. Reconhecemo-nos e ele pergunta – vive aqui? E eu respondo, vivo sim, e ele aponta para a parede que está a descair, para as madeiras que se estão a soltar e o que é que queriam que eu dissesse?! Ia dizer, ah não se preocupe que isto não é nada?! Não sou capaz!
Passado poucos minutos tinha a proprietária do dito apartamento a bater-me à porta. Afinal de contas eu estava prestes a estragar-lhe o negócio. Não foi essa a intenção. Até gosto dela. Mas não suporto injustiças e muito menos vigarices. Passo-me! É que me passo! Enfim, devia era ter ficado caladinha, isso sim…
Cruzei-me com uma cara conhecida à entrada deste prédio onde habito temporariamente, ainda que o temporariamente se esteja, contra minha vontade, a prolongar… não indefinidamente, espero. Acontece que a cara conhecida só é conhecida porque pertence a um vendedor, vejam bem como é que eu já estou, reconheço vendedores em cada esquina ou então o país está a saldo e os vendedores proliferam pelo que não é nada estranho esbarrarmos com um em cada esquina. Pois que o dito, que também me reconheceu, qualquer dia sou internacionalmente conhecida por aquela que procura casa mas não encontra e quando encontra surge um obstáculo que mantém o estado de procura, como se a casa que procuro se situasse no monte Parnaso e eu para a conquistar fosse obrigada a empurrar encosta acima a gigante pedra que há-de dar lugar à sua construção. Qual personagem sísifiana… (para quem não percebeu esta parte é só consultar o mito de Sísifo, aquela história do tipo que foi condenado a empurrar eternamente um pedregulho montanha acima. Não há nada que enganar – O Mito de Sísifo.)
Mas estou a desviar-me do assunto.
Pois que me cruzei com o tal vendedor que se encontrava aqui no prédio com a estóica missão de vender um dos andares. Eu ainda não vos disse mas estão todos para venda e, quem tem seguido ultimamente este blog há-de perceber porquê. Afinal de contas de pouco mais tenho falado senão de casas, isto já parece uma novela! Prometo que me fico por aqui e que só voltarei a mencionar este tema quando REALMENTE se justificar.
Pois que ele está a tentar vender um dos apartamentos. Eu entro no prédio. Cruzamo-nos. Olhamo-nos. Reconhecemo-nos e ele pergunta – vive aqui? E eu respondo, vivo sim, e ele aponta para a parede que está a descair, para as madeiras que se estão a soltar e o que é que queriam que eu dissesse?! Ia dizer, ah não se preocupe que isto não é nada?! Não sou capaz!
Passado poucos minutos tinha a proprietária do dito apartamento a bater-me à porta. Afinal de contas eu estava prestes a estragar-lhe o negócio. Não foi essa a intenção. Até gosto dela. Mas não suporto injustiças e muito menos vigarices. Passo-me! É que me passo! Enfim, devia era ter ficado caladinha, isso sim…
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