quarta-feira, 29 de julho de 2009

Não sei se é medo, se inveja, se um misto das duas coisas...

Sinceramente não consigo entender a fobia de certos homens relativamente às escolhas sexuais de cada um. Reagem perante a homossexualidade como se de um vírus se tratasse. Um vírus contagioso, evidentemente.
O que é que me interessa a mim com quem é que cada um dorme?! Será que as escolhas sexuais determinam a personalidade de cada ser humano?! É que só assim se justifica uma discriminação.
Os ladrões; os assassinos; os violadores; os raptores; os pedófilos, devem ser discriminados. Agora os homossexuais?! A quem fazem eles mal?! São uma ameaça para quem?!
O único defeito que lhes encontro é o facto de não gostarem de mulheres, o que é uma pena já que a maioria acaba por ser bem mais interessante do que certos denominados heterossexuais. Vai-se a ver e se calhar é por isso que são discriminados. Os homens estão habituados, desde tempos imemoriais, a combater tudo aquilo que sentem como ameaça. Tentaram arduamente, e conseguiram durante séculos, discriminar as mulheres. Agora que as mulheres estão a fugir-lhes completamente ao controle, agarram-se com unhas e dentes aos homossexuais. Aposto que a maioria deles nem sabe quem é quem, mas tentam, catalogam e discriminam.
Cada vez que vejo um homem aflito, e aflito é o termo correcto, perante a possibilidade de alguém das suas relações ser gay, a primeira coisa que me vem à ideia é que está com medo de contágio. Sim, porque a reacção normal seria o descanso – pelo menos este não me faz concorrência. Qual quê! O instinto é – Ai Ai Ai que isto pode pegar-se!...
Entristece-me dizer isto, mas se cada vez há mais, mesmo discriminados, imagine-se a proliferação quando deixarem de ser, como de resto acontecerá mais cedo ou mais tarde. É vê-los aí, esses, que hoje se armam em machos latinos, a saírem do armário e nós a percebermos enfim porque é que se arrepiavam todos só com a designação.
É que sempre ouvi dizer que “quem desdenha quer comprar”…

1 comentário:

CF disse...

Pois. Concordo. Direito a ser quem se é, é fantástico. Pena que a sociedade é mesquinha. E continua, mesmo que diga que não... É muito melhor ser bandido.