É um erro partir do princípio que existe alguém capaz de satisfazer todas as nossas necessidades. Um erro e uma enorme fonte de frustração consequente duma permanente insatisfação.
Necessidades todos temos. Se nos focamos exclusivamente nelas esquecemos as do outro e candidatamo-nos, todos, à qualidade de vampiros. Os vampiros das relações afectivas, aqueles que buscam, alimentam-se e partem, sem se importarem com os destroços que deixam pelo caminho.
Alguém que me é querido, uma mulher à beira dos cinquenta anos, tem feito a vida negra a um outro alguém que me é ainda mais querido. Casada há mais de trinta anos, queixa-se da inexistência de paixão.
Mas quem é que sente paixão ao fim de trinta anos de casamento?! Ninguém. A paixão é um estado de alma e corpo, e corpo!, que dura, quando muito, uma estação. Depois, ou se transforma, ou não. Ao fim de trinta anos já se devia saber em que é que ela se transformou.
A quase permanente necessidade de emoções fortes acaba por suplantar a importância da responsabilidade que é formar e cuidar de uma família, do amor que isso exige, do respeito, do carinho, da assunção da escolha feita.
A vida tem-se encarregado de me mostrar que a satisfação das minhas necessidades está muito mais dentro de mim do que naquilo que me rodeia. Tem-se encarregado de me mostrar que se eu não for capaz de ser autónoma não sou, também, capaz de partilhar coisa nenhuma.
A necessidade de um outro é o primeiro passo para um mau relacionamento. Estar com alguém porque gostamos de estar; estar com alguém porque enriquece a nossa vida, é bem diferente de estar com alguém porque não se sabe estar sozinho.
Precisar não é amar. Procurar no outro o nosso alimento ou o ar que se respira é vampirismo.
Necessidades todos temos. Se nos focamos exclusivamente nelas esquecemos as do outro e candidatamo-nos, todos, à qualidade de vampiros. Os vampiros das relações afectivas, aqueles que buscam, alimentam-se e partem, sem se importarem com os destroços que deixam pelo caminho.
Alguém que me é querido, uma mulher à beira dos cinquenta anos, tem feito a vida negra a um outro alguém que me é ainda mais querido. Casada há mais de trinta anos, queixa-se da inexistência de paixão.
Mas quem é que sente paixão ao fim de trinta anos de casamento?! Ninguém. A paixão é um estado de alma e corpo, e corpo!, que dura, quando muito, uma estação. Depois, ou se transforma, ou não. Ao fim de trinta anos já se devia saber em que é que ela se transformou.
A quase permanente necessidade de emoções fortes acaba por suplantar a importância da responsabilidade que é formar e cuidar de uma família, do amor que isso exige, do respeito, do carinho, da assunção da escolha feita.
A vida tem-se encarregado de me mostrar que a satisfação das minhas necessidades está muito mais dentro de mim do que naquilo que me rodeia. Tem-se encarregado de me mostrar que se eu não for capaz de ser autónoma não sou, também, capaz de partilhar coisa nenhuma.
A necessidade de um outro é o primeiro passo para um mau relacionamento. Estar com alguém porque gostamos de estar; estar com alguém porque enriquece a nossa vida, é bem diferente de estar com alguém porque não se sabe estar sozinho.
Precisar não é amar. Procurar no outro o nosso alimento ou o ar que se respira é vampirismo.
2 comentários:
100% de concordância :)
Bom, o problema começa logo por estar à beira dos 50 anos (ainda não os tem, portanto) e estar casada há 30.
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