Confesso que sou uma portuguesa de gema. Mas alturas há em que me sinto num país tão mesquinho, tão pequenino, que só me apetece virar as costas, baixar os braços, tentar a sorte longe daqui.
Sei que não passam de momentos, que dificilmente seria feliz longe dos que amo, longe de Lisboa. Até porque já tive essa experiência e ainda que me tenha dado muito bem só me dei bem porque a sabia temporária.
Continuamos a ser um país onde a incompetência grassa, onde o respeito por quem trabalha é praticamente nulo, onde os empregadores não exigem apenas o que lhes é devido querem a nossa alma. Serem donos de cada um alimenta-lhes mais o sentido do poder do que serem gestores de uma firma que cumpre, de forma competente, com os requisitos sociais, morais e económicos pelos quais qualquer país civilizado anseia. Vivemos de lobbies, de pequenos nichos de mercado, de pequenas ditaduras sinistras e encapuçadas. A sensação que tenho é que o sonho de quem pode é ser dono do todo que cada um é. Do nosso tempo, do nosso espaço, da nossa vida. E tudo isto por meia dúzia de patacos que nos mantêm dependentes, submissos, vencidos.
Todos os dias nos debatemos com obstáculos sem sentido, dispensáveis. Saímos de casa como que para mais uma batalha e as batalhas não são construtivas. As batalhas só fazem sentido pontualmente. Não podem constituir um modo de vida.
Momentos há em que, de cansada, só me apetece ir à guerra. Talvez assim se acabe de vez com estas mesquinhas, diárias e pequenas, batalhas.
Sei que não passam de momentos, que dificilmente seria feliz longe dos que amo, longe de Lisboa. Até porque já tive essa experiência e ainda que me tenha dado muito bem só me dei bem porque a sabia temporária.
Continuamos a ser um país onde a incompetência grassa, onde o respeito por quem trabalha é praticamente nulo, onde os empregadores não exigem apenas o que lhes é devido querem a nossa alma. Serem donos de cada um alimenta-lhes mais o sentido do poder do que serem gestores de uma firma que cumpre, de forma competente, com os requisitos sociais, morais e económicos pelos quais qualquer país civilizado anseia. Vivemos de lobbies, de pequenos nichos de mercado, de pequenas ditaduras sinistras e encapuçadas. A sensação que tenho é que o sonho de quem pode é ser dono do todo que cada um é. Do nosso tempo, do nosso espaço, da nossa vida. E tudo isto por meia dúzia de patacos que nos mantêm dependentes, submissos, vencidos.
Todos os dias nos debatemos com obstáculos sem sentido, dispensáveis. Saímos de casa como que para mais uma batalha e as batalhas não são construtivas. As batalhas só fazem sentido pontualmente. Não podem constituir um modo de vida.
Momentos há em que, de cansada, só me apetece ir à guerra. Talvez assim se acabe de vez com estas mesquinhas, diárias e pequenas, batalhas.
2 comentários:
Do sonho à realidade, da ficção do livro e do jornal à constatação dos factos, ou a guerra e paz em dia de verão ventoso, que temas mais díspares e amplos ainda tens para nos apresentar?
Sairás em viagem de reconhecimento por outras paragens?
Decidir-te-ás pela invasão um destes dias?
Respondes a outras perguntas tolas ou só dizes o que te apetece?
Só perguntando se obtêm respostas, não é?
:) Vou dizendo o que me apetece :)
Infelizmente cada vez tenho menos respostas e mais perguntas, mas como acredito que são estas que nos fazem pensar...
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