Há certas músicas e certos cheiros que têm o condão de me transportar, instantaneamente, através de túneis de tempo.
Não são meras recordações. São definições exactas de um determinado momento, de uma determinada época. Não me trazem imagens ou memórias definidas, trazem-me sensações. As mesmas que vivi. As memórias só vêm depois, se eu quiser que venham; se eu me detiver, por momentos, no mesmo local para onde o túnel do tempo me transportou.
Há dias precisei de comprar um perfume e ia decidida a repor nos meus hábitos um que usei durante bastante tempo e de que gostei muitíssimo, ficava-me bem.
Cheguei à perfumaria sem muito tempo para despender em procuras cansativas, e fui direitinha à prateleira onde se via o tal perfume. Olhei o frasco do tester e, ainda que não precisasse de o fazer, qualquer coisa me impulsionou e borrifar um pouco um dos punhos. O perfume é bom e fica-me, como já disse, muito bem. Gosto dele tanto quanto gostava quando o usei mas não o trouxe comigo. Ao aroma veio imediatamente associado um mal-estar no estômago, um aperto na garganta, uma sensação deveras desagradável. E não exagero quando digo que fui, literalmente “puxada” para trás, ainda que o túnel estivesse à minha frente.
O que é mais curioso no meio de tudo isto é que só nesse momento eu tive a consciência do quanto não quero voltar a viver o que vivi na época em que usei esse mesmo perfume. Só nesse momento tive consciência de que não foi, de todo, uma época benéfica para mim. O que me levou a pensar que, se calhar, vivemos muitas vezes uma ilusão de bem estar; se calhar, só quando mudamos é que realizamos a importância de ter mudado. Ou então voltar para trás, seja em que circunstâncias for, é um acto absolutamente anti-natura…
Não são meras recordações. São definições exactas de um determinado momento, de uma determinada época. Não me trazem imagens ou memórias definidas, trazem-me sensações. As mesmas que vivi. As memórias só vêm depois, se eu quiser que venham; se eu me detiver, por momentos, no mesmo local para onde o túnel do tempo me transportou.
Há dias precisei de comprar um perfume e ia decidida a repor nos meus hábitos um que usei durante bastante tempo e de que gostei muitíssimo, ficava-me bem.
Cheguei à perfumaria sem muito tempo para despender em procuras cansativas, e fui direitinha à prateleira onde se via o tal perfume. Olhei o frasco do tester e, ainda que não precisasse de o fazer, qualquer coisa me impulsionou e borrifar um pouco um dos punhos. O perfume é bom e fica-me, como já disse, muito bem. Gosto dele tanto quanto gostava quando o usei mas não o trouxe comigo. Ao aroma veio imediatamente associado um mal-estar no estômago, um aperto na garganta, uma sensação deveras desagradável. E não exagero quando digo que fui, literalmente “puxada” para trás, ainda que o túnel estivesse à minha frente.
O que é mais curioso no meio de tudo isto é que só nesse momento eu tive a consciência do quanto não quero voltar a viver o que vivi na época em que usei esse mesmo perfume. Só nesse momento tive consciência de que não foi, de todo, uma época benéfica para mim. O que me levou a pensar que, se calhar, vivemos muitas vezes uma ilusão de bem estar; se calhar, só quando mudamos é que realizamos a importância de ter mudado. Ou então voltar para trás, seja em que circunstâncias for, é um acto absolutamente anti-natura…
1 comentário:
Ola ja tenho andado aqui a le-la mas nunca comentei.
Nao vale a pena voltar ao passado, vamos seguir em frente, descobrir novos aromas, uma nova vida
Eu tambem demorei, mas por acaso ontem comprei um ao fim de uns mesitos de procura, e o pior e que nao encontrei só um, mal dos meus pecados encontrei dois lol
Beijocas e parabens pelo blog!!
Carla
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