sábado, 19 de setembro de 2009

Dos Sonhos

Eu gosto de sonhar, e sonho.
Às vezes os sonhos são tão reais que acordo com a sensação de ter andado por outras paragens.
Mas não sonho só quando durmo. Gosto de sonhar acordada. Gosto de sonhar com realidades que alteram, prolongam e se encaixam perfeitamente na minha; possibilidades reais. Por vezes vejo-os como objectivos e entranha-se em mim uma certeza absoluta que se realizarão. Só não sei quando…
Ultimamente tenho percebido que isso não basta. Que é preciso vivê-los como se já existissem, ou corre-se o risco de ficarem eternamente no mundo dos sonhos, presos num futuro que será sempre isso – futuro.
Sonhar é preciso. Toda a alma se alimenta de sonhos e um corpo sem alma definha. Vê-se nos olhos a falta de vida e nas carnes a secura do cansaço, já repararam? Já repararam que quem não sonha também não anda, arrasta-se; não vive, sobrevive; não ama, tolera; não escuta, ouve; não vê, olha? Se nunca repararam, reparem. Reparem no vazio do olhar, como se não existisse. Por vezes confunde-se com o olhar perdido dos sonhadores, mas não é a mesma coisa. Ainda assim, sonhar não basta. É preciso acreditar. É preciso viver como se… É preciso trazer para o hoje os sonhos do amanhã. E é fundamentalmente preciso, ter cuidado com o que se sonha.

1 comentário:

CF disse...

:):) Um sorriso Antígona. E bons sonhos.