segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Duas horas e meia sem luz...


... é o suficiente para uma pessoa poder imaginar o que seria, ou será, queira Deus que não, se um dia tudo falhasse.

Sem luz não há televisão; nem telefone, no meu caso; nem computador; nem água fresca; nem luz na casa-de-banho; nem possibilidade de entrar no prédio, ainda bem que eu não fui ao café senão ficava apeada já que a única chave de entrada está nas mãos do meu filho… enfim, considerando que antes a luz do que a água, imagine-se se um dia nos falta tudo isso!...

De bom têm estes momentos a faculdade de nos consciencializar que nada é seguro, nada é adquirido à partida, nada é infalível. Treinam-nos para qualquer eventualidade em que o único remédio seja ficar sentado, à espera. Porque uma coisa é saber, outra é sentir…

2 comentários:

Nuno Andrade Ferreira disse...

Em Luanda a luz falta quase todos os dias e, muitas vezes, por vários dias consecutivos. Vale a esta gente o facto de alguém, um dia, ter inventado o gerador. Quem não tem um passa dias (semanas!) sem luz.

Ficar sem luz significa, em muitos casos, também não ter água nas torneiras (para quem tem torneiras em casa!). A água da rede chega apenas a uma infima percentagem da população, pelo que muita gente tem depósitos próprios em casa, de onde só consegue extrair água através de uma electrobomba... que não funciona quando não há energia.

Momentos como o de hoje têm, a meu ver, o grande mérito de nos mostrar que - mais grave do que um dia ficarmos sem tudo o que temos - é que há gente que ainda não tem uma pequena parte daquilo que já conquistámos.

A vida pode ser muito miserável e nós não imaginamos o quanto.

CF disse...

Como em tudo na vida. Sentimos a real falta quando não temos. Pena que em muitos casos o efeito é mais passageiro do que seria desejável. E depressa esquecemos a falta que faz, e desvalorizamos de novo. Enfim, coisas de gente :)