As cadeiras do Teatro Maria Matos são desconfortáveis.
A encenação que o Diogo Infante apresenta de Cabaré é boa. Poderia ser muito boa se as cantorias se tivessem ficado apenas pelas cenas do cabaré. É muito raro não sentir incómodo quando as pessoas em vez de falarem, cantam. Quando se trata de actores/actrizes da velha guarda, pior um pouco.
Tem cenas individuais demasiado longas e nem todas se justificam (a não ser talvez para aumentar o tempo de palco). Cheguei a ficar um bocadinho farta de ouvir a Isabel Ruth falar/cantar os lamentos da sua vida sem que isso trouxesse valor acrescentado ao enredo.
Gostei bastante do desempenho da Ana Lucia Palminha e do Bernardo Gama. Gostei do som e da forma como a orquestra foi incluída no cenário. Gostei fundamentalmente das cenas de cabaré.
Aplausos para o elenco. Força para Diogo Infante. Que continue. Almas novas são precisas. É mau sinal deixarmos todo um género (musical) nas mãos de um único (La Féria).
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