O celibato vicia-nos tanto quanto a partilha.
Andamos uma quantidade de anos a partilhar a vida com um outro. Habituamo-nos a caminhar a quatro pernas e, de repente, um qualquer imprevisto deixa-nos coxos.
Levamos algum tempo, muito tempo, a reaprender a caminhar sozinhos. A maior parte das vezes, com o passar do tempo, acabamos por gostar ou por nos adaptar de tal maneira que nos fechamos na nossa concha e, mesmo que cá no fundo queiramos voltar a partilhar, esquecemos como. Deixámos de coxear e quatro pernas incomodam-nos, atrapalham-nos, desamparam-nos, deixam-nos coxos...
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