sábado, 27 de dezembro de 2008

O meu filho

O meu filho que ao contrário
Da irmã foi planeado
E aos santos invocado
É ainda muito jovem
Mas o esforço que ele faz
P´ra deixar de ser rapaz
Faz já dele quase um homem

É feito de boa cepa
E coragem não lhe falta
Tem uma boa cabeça
E raramente se exalta

Às vezes vacila na escolha
Do caminho por onde ir
Às vezes perde-se um pouco
Às vezes treme a sorrir

Mas tem já sabedoria
Coisa rara nesta idade
E cativa a simpatia
Com grande facilidade

Luta com as contradições
Que vivem dentro de si
Mal sabe ele que ao vencê-las
Outras virão mesmo assim

O meu filho é grande e lindo
Tem um coração de ouro
Uma alma nobre e rica
Será sempre o meu tesouro

Podem dizer que não prestam
Estes versos que lhe dou
Mas os versos têm dias
Nem sempre saem formosos
Às vezes soam vadios
E no amor são pirosos...

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