terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O Amor (esse grande vadio)

Muita coisa se tem dito, nestes últimos dias por esta blogosfera, sobre o amor.
Tem-se falado dele como se de uma entidade se tratasse. Uns, mais crentes e enamorados, defendem, agora que estão enamorados, que se deve deixar sempre uma porta entreaberta para ele poder entrar, caso apareça, já se vê.
Outros deixaram de acreditar nele, não propriamente na sua existência, mas na sua vinda.
Existe, sim senhor, só que não é para mim. Pela minha porta ele não entrará.
Eu própria oscilo muitas vezes entre um e outro sentir, mesmo não estando apaixonada vai para uma eternidade.
Hoje, pus-me a pensar nisso e resolvi fazer uma retrospectiva até ao último momento em que ele entrou pela minha porta dentro. Andei para trás. Andei. Andei. E…nada. Nunca mais lá chegava.
Não que não o tenha tido na minha vida. Nada disso. Só que não me lembro de vez nenhuma em que ele me tenha entrado pela porta ou sequer batido.
O que me lembro, isso sim, é de o sentir vivo dentro de mim.
Cá para mim o amor não entra pela porta. Nasce cá dentro e sai por ela.
Portanto pessoas, gente, criaturas, aquilo que há a fazer é cultivá-lo, a ele, ao amor, dentro de cada um, regá-lo bem regado, cuidar dele, espalhá-lo por aí.
Porque é nesse momento, no momento em que ele já existe bem vivo dentro de nós que esse outro, esse que se espera quase que eternamente, irrompe pela porta encostada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo em absoluto com a frase: "Cá para mim o amor não entra pela porta. Nasce cá dentro e sai por ela." Contudó, e por mim falo, é a sensação de maior vazio que já senti na vida quando, ele sai e nunca mais o vemos (sentimos).