Eis uma pequeníssima parcela daquilo que nos deixou um homem que pensou por todos nós:
"Sempre que penso uma cousa, traio-a.
Só tendo-a diante de mim devo pensar nela,
Não pensando, mas vendo,
Não com o pensamento, mas com os olhos.
Uma cousa que é visível existe para se ver,
E o que existe para os olhos não tem que existir para o pensamento;
Só existo directamente para o pensamento e não para os olhos.
Olho, e as cousas existem.
Penso e existo só eu."
Alberto Caeiro (Fernando Pessoa) (1888-1935)
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