Há momentos em que a vida faz questão de nos lembrar a dimensão da nossa fragilidade e a facilidade com que se está e se deixa de estar, assim, de um momento para o outro.
O coração sufoca-nos por décimos de segundo. Dentro da nossa cabeça um nevoeiro denso impede-nos de ver. É esse mesmo nevoeiro que, de repente, foge, deixando um vazio em que tudo à nossa volta gira como um carrocel em fim de viagem.
São esses os momentos que nos obrigam a parar para depois voltar a andar, só que mais devagar.
A noção exacta de que o nosso corpo pode, de um momento para o outro, dizer basta, é suficiente para nos abrandar por um período de tempo, maior para uns, menor para outros, mas sempre compreendido entre as re-lembranças do corpo.
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