quarta-feira, 6 de maio de 2009

Há dias em que o tempo parece que cresce

Hoje saí tarde e ainda tive de ir às compras, não tinha praticamente nada em casa para comer. Demorei-me no supermercado, pelo menos foi o que me pareceu já que era noite quando saí.
Fiz sopa.
Falei com um amigo de quem já tinha saudades. Foi uma conversa longa. Disse-me, com boa disposição, que vai ser operado a um tumor que cresceu desmesuradamente, encostado ao coração. Não é nada de mal, disse ele. É só chato, nada mais. E sorria, do outro lado do telefone. Preocupei-me muito quando soube, disse-me. Pensei que era desta, mas hoje o médico sossegou-me. Serviu para tomar decisões. Nunca mais vou deixar de fazer o que realmente quero. Nunca mais vou adiar nada. Nunca mais vou viver frustrado.
Deixou-me sorridente este meu amigo, como, de resto, costuma fazer.
Jantei, calmamente.
Ainda vi Chuva Negra, no Hollywood. Fiquei a pensar nas incongruências que o cinema às vezes tem. Como é que o americano reconheceu, no Japão, um japonês que viu uma vez em cima duma mota de capacete na cabeça? Os polícias americanos são muito bons! No final ainda lhe prestaram homenagem, mesmo depois de terem corrido com ele. Depois de o terem metido num avião!
Acabou bem. Como todos , ou quase todos, os filmes americanos.
E, com tudo isto, ainda nem meia-noite é.
Há dias em que o tempo parece que cresce. Dias bons. Em que o tempo parece que cresce.

1 comentário:

CF disse...

Também tenho desses amigos que são lições de vida. Fazem-me bem, ajudam-me a relativizar...