Li, aqui, uma opinião que está, penso poder dizê-lo, bastante generalizada. A de que nós, portugueses, somos um povo resignado, conformista, amorfo.
Pois eu acho que a nossa maior característica é o comodismo. Não estamos virados para as grandes causas, para as grandes lutas, não por sermos conformistas mas porque somos comodistas. Lutar por uma causa dá trabalho e requer tempo e nós temos o nosso tempo todo tomado nas lutas diárias para nos mantermos, a nós e às nossas famílias, à tona.
Trata-se de um círculo vicioso que só se interromperá quando uma qualquer geração estiver disposta a fazer sacrifícios e todos nós sabemos que, para isso, será necessário que batamos todos com os costados no chão. Para nos mexermos, e pouco, são precisos 48 anos de ditadura misturada com 12 de guerra e, mesmo assim, a maioria de nós sai à rua para ver o que se passa, tira partido se for caso disso e continua na sua vidinha que, neste mundo, ninguém dá nada a ninguém.
Se a manifestação for durante a semana, nas horas em que se deveria estar a trabalhar, até pode ser que sim, desde que não haja nada de mais interessante para fazer. Agora a um sábado?! Por favor!...
Se formos analizar as nossas grandes causas, ao longo da História, somos capazes de chegar à conclusão que, na sua maioria, foram produtos de ambições e sonhos particulares. Somos um povo pouco povo. Facilitistas, de um egoísmo requintado, o que queremos mesmo é que entre em casa aquilo que acreditamos fazer falta e o resto que se lixe.
Trata-se de um círculo vicioso que só se interromperá quando uma qualquer geração estiver disposta a fazer sacrifícios e todos nós sabemos que, para isso, será necessário que batamos todos com os costados no chão. Para nos mexermos, e pouco, são precisos 48 anos de ditadura misturada com 12 de guerra e, mesmo assim, a maioria de nós sai à rua para ver o que se passa, tira partido se for caso disso e continua na sua vidinha que, neste mundo, ninguém dá nada a ninguém.
Se a manifestação for durante a semana, nas horas em que se deveria estar a trabalhar, até pode ser que sim, desde que não haja nada de mais interessante para fazer. Agora a um sábado?! Por favor!...
Se formos analizar as nossas grandes causas, ao longo da História, somos capazes de chegar à conclusão que, na sua maioria, foram produtos de ambições e sonhos particulares. Somos um povo pouco povo. Facilitistas, de um egoísmo requintado, o que queremos mesmo é que entre em casa aquilo que acreditamos fazer falta e o resto que se lixe.
3 comentários:
:)
isso parece uma causa tão perdida...
Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007), teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos, por isso façam uma leitura atenta.
http://sol.sapo.pt/blogs/astennu/archive/2009/04/07/Precisa_2D00_se-de-mat_E900_ria-prima-para-construir-um-Pa_ED00_s-_2D00_-Eduardo-Prado-Coelho-in-Publico.aspx
Isso relembra-me, na altura do referendo do aborto, todos tinham uma opinião sobre o assunto, mas quando chegou a altura de votar era sábado, estava sol e portanto não houve muita aderência. Que imagem é que isto transmite aos governantes? Oh pá eles não estão atentos, dá para fazer tudo. Já não nos distraiem com fado, mas com futebol e pontes do feriado...humm
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