A propósito de um romance que acabei de rever, dei por mim a pensar na dupla personalidade.
Há quem a tenha desassociada, o que é considerado doença. E depois há todos os outros, que a têm inata.
A dupla personalidade reside no alimento que fornecemos à alma. Se lhe fornecermos amor, entramos em estado de graça. A nossa expressão altera-se, torna-se mais macia, mais doce; o coração anima-se; o corpo torna-se mais flexível e, quando caminhamos, parecemos planar.
Se lhe fornecermos objectividade, competência e todos aqueles atributos necessários à vida prática, a nossa expressão endurece; o coração adormece; o corpo fica mais rígido, os passos pesados pelo determinismo.
Entre uma e outra personalidade existem um sem número de nuances, evidentemente, mas, com os anos, tendemos a centrarmos mais numa ou noutra, consoante aquilo que a vida nos for exigindo.
O problema é que os extremos se tocam e é quem mais tendência tem para o estado de graça que mais riscos corre de endurecer. A vida que criámos não se compadece com estados de graça. Exige-nos a toda a hora que mantenhamos os pés “bem assentes na terra”. Que sejamos práticos, objectivos, atentos, competitivos. A vida exige-nos uma certa dureza.
É às relações afectivas que vamos beber pequenos momentos desse estado de graça.
O meu receio é que, nos intervalos, nos afastemos tanto dele que nos seja cada vez mais difícil voltar a alcançá-lo.
A não ser, é claro, que ainda assim, no meio de toda a objectividade, sejamos capazes de ir, dia-a-dia, semeando um pouco de amor por tudo e por nada. Assim, quem sabe, talvez se consiga atingir um estado de graça permanente que nos possa tornar imunes às exigências cruas da vida prática sem, contudo, nos tornarmos inaptos para ela.
Isso sim, seria o ideal!
Há quem a tenha desassociada, o que é considerado doença. E depois há todos os outros, que a têm inata.
A dupla personalidade reside no alimento que fornecemos à alma. Se lhe fornecermos amor, entramos em estado de graça. A nossa expressão altera-se, torna-se mais macia, mais doce; o coração anima-se; o corpo torna-se mais flexível e, quando caminhamos, parecemos planar.
Se lhe fornecermos objectividade, competência e todos aqueles atributos necessários à vida prática, a nossa expressão endurece; o coração adormece; o corpo fica mais rígido, os passos pesados pelo determinismo.
Entre uma e outra personalidade existem um sem número de nuances, evidentemente, mas, com os anos, tendemos a centrarmos mais numa ou noutra, consoante aquilo que a vida nos for exigindo.
O problema é que os extremos se tocam e é quem mais tendência tem para o estado de graça que mais riscos corre de endurecer. A vida que criámos não se compadece com estados de graça. Exige-nos a toda a hora que mantenhamos os pés “bem assentes na terra”. Que sejamos práticos, objectivos, atentos, competitivos. A vida exige-nos uma certa dureza.
É às relações afectivas que vamos beber pequenos momentos desse estado de graça.
O meu receio é que, nos intervalos, nos afastemos tanto dele que nos seja cada vez mais difícil voltar a alcançá-lo.
A não ser, é claro, que ainda assim, no meio de toda a objectividade, sejamos capazes de ir, dia-a-dia, semeando um pouco de amor por tudo e por nada. Assim, quem sabe, talvez se consiga atingir um estado de graça permanente que nos possa tornar imunes às exigências cruas da vida prática sem, contudo, nos tornarmos inaptos para ela.
Isso sim, seria o ideal!
2 comentários:
de rever por prazer, ou trabalho? *
Trabalho, trabalho :) O que não significa que não tire, daí, algum prazer :)
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